quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Quem somos


COMEÇA TUDO EM NÓS
SE NÃO NOS CONHECERMOS A NÓS MESMOS, COMO
PODEREMOS CONHECER OS OUTROS?
SE NÃO CONTACTARMOS CONNOSCO, COMO
PODEREMOS CONTACTAR COM ALGUÉM?
SE NÃO NOS AMARMOS...COMO PODEREMOS SER AMADOS?


Aprender a amar e a merecer ser amado começa no relacionamento que mantemos com o nosso próprio eu. É a tarefa mais difícil que nos poderia ser dada, e no entanto é essencial. Só que amarmo-nos a nós próprios não significa permissividade nem aceitação cega. Significa conhecer, aceitar e assimilar as nossa emoções, que são as nossas linhas de contacto com o mundo. E isso começa por nós.
Para nos conhecermos, para nos compreendermos, temos de contactar com os nossos corpos. O corpo é um reflexo da mente. A consciência é a manifestação de uma totalidade integrada do corpo e do espírito, pela simples razão de eles serem duas faces do mesmo fenómeno.
A mente tem tudo a ver com o modo como o corpo funciona, e não me refiro apenas ao aspecto orgânico. O corpo é o produto de uma frágil rede de Vida sensitiva que atravessa e cobre toda a criação, A criação é como uma gigantesca teia de aranha, feita de filamentos entretecidos de uma incrível transparência e subtileza, revelando um universo multicolorido e de texturas infinitas.
O nosso corpo resulta de forças que se fundem para moldar as formas que conhecemos. Podemos dizer que é material reciclado, que já passou por biliões de experiências ao longo de milénios de vida neste planeta. É construído a partir da base de dados colectiva que os nossos antepassados criaram e nos legaram. A sua qualidade física, emocional e mental é determinada por acções e atitudes da linhagem de que somos herdeiros (e por muitas, muitas outras forças existentes no universo). É isso que nos torna tão sensíveis aos grandes movimentos dos planetas e à mais ligeira pulsação da vida elementar . O nascimento de cada um de nós é uma oportunidade muito especial, uma nova possibilidade de a herança familiar ser reformulada, actualizada, purificada. E é realmente esse o nosso papel. O corpo humano, química e sensibilidade, uma vez posto em contacto com a rede de criação e as suas infinitas capacidades vai permitir esse renovar.
Zulma Reyo